Sala Principal

Charolette escreveu:

Sentou-se ao lado dele e com a polidez de uma legítima nobre e serviu-se de Pelmeni. Após ingerir algumas fatias concluiu - Bem, acredito que se houvesse alhum veneno na comida a este ponto já me encontraria morta. - Falou friamente, reprimindo o que realmente sentia.

Ouviu ela responder um sim madame e após isso observou ela sentar-se a mesa e provar a comida,fitou-a não havia nenhum reação estranho,ou seja, estava comestível a comida,era seguro comer,por hora se serviu e deu uma leve garfada levando a boca para apreciar o gosto,que por incrível que parecesse estava divino,após isso tomou um gole de vinho.

- Ainda bem que esta livre de veneno,não estava afim de perder a única criada que esta a cuidar das vontades de minha família!

Após terminar de falar escutou a voz do sobrinho,lançando-lhe um olhar reprovador.Onde já se viu,elogiar uma criada na frente das outras famílias,isso era um deboche para o legado Romanov. Levantou-se e fitou Calleb.

- Meu sobrinho para que elogiar ela,se só fez o que lhe foi ordenado? Faça-me o favor e sente-se de uma vez a mesa! Antes que eu mesma o traga até aqui!

Disse num tom aborrecido,mesmo não gostando de agir daquela forma,tinha de mostrar que pertencia a família. Esperava em pé ao lado da cadeira que o sobrinho viesse logo para a mesa.

Já estava quase terminando o pouco de comida que havia posto no prato, quando ouviu o comentário de seu irmão.

Matteo escreveu:

- Uma dama deve ter sempre um sorriso no rosto, em público, por mais que esteja sangrando de dor internamente.

Arregalou levemente os olhos diante disso e, mesmo sem querer, acabou forçando um sorriso. Se estava fazendo aquilo, era somente porque não queria que Matteo a odiasse mais, e não porque se importava com o que as outras famílias iam pensar dela. Pousou os talheres sobre o prato e virou um pouco a cabeça. Observava o jeito que as outras pessoas ali reagiam a respeito da comida, e reparou na garota Le Blanc que parecia estar tão animada quanto ela naquele almoço. Será que tinha brigado com alguém também? Improvável, mas não ia ficar julgando ninguém a esmo. Voltou a olhar para seu prato, mantendo a cabeça baixo, aguardando obedientemente seus irmãos terminarem para poder se retirar.

Calleb escreveu:

- Claro, claro, tia Sophia, não quero lhe aborrecer! E não quero que puxe minhas orelhas. - Deu de ombros e seguiu até a cadeira antes que recebesse algum cascudo de alguém. - Espero que realmente não faça isso! - Continuou e esperou que Sophia sentasse e logo depois ficou comportado.

Suspirou levando uma das mãos sobre a testa balançando a cabeça negativamente. Fitou o sobirinho e voltou a se sentar na cadeira tomando um gole do vinho.

- Já me aborreceu! Porem não vou lhe bater ainda sou uma mulher que tem compostura e sabe se portar na frente das pessoas! Mais trate de se comportar antes que eu me aborreça mais!

Suspirou novo e deu mais uma garfada na comida. Antes de ouvi-lo falar novamente.

Calleb escreveu:

- Não te farei mais passar vergonha, prometo. - Fitou-a com um sorrisinho, apesar de saber que ela continuaria aborrecida. Uma das manias incorrigíveis de Calleb era que sabia irritar os outros, mesmo com sua rígida educação.

- Trate de engolir esse sorrisinho ele só me irrita mais! - disse em tom mais baixo para que somente ele ouvisse - agora tente se comportar como um digno Romanov

Por mais que não gostasse de agir assim,ele estava extrapolando demais ,até ali sua paciência tinha limite e estava quase estourando. Logo teria que se retirar dali antes que tivesse vontade de brincar com agua.

Prosseguiu ao longo do caminho, seguindo Mary e aparentando uma expressão serena como de costume, tomando atenção em manter a elegância quando finalmente chegaram ao local referenciado. Muito sinceramente, não tinha vontade de estar ali, estava cansada e queria realmente descansar.

No entanto, teria de fazer o esforço durante mais um pouco de tempo. Poderia depois pedir licença mais cedo, quando tivessem concluído a refeição.

Ao escutar as palavras de Kaine, olhou por momentos para Helena, ficando algo preocupada. No entanto, sabia que não tinha exactamente os meios para a acalmar. Pegou na mão dela por momentos, tentando transmitir algum apoio, embora soubesse que não era exactamente a pessoa ideal para tal.

Soltou-a após alguns momentos, e suspirou antes de entrar na dita sala, começando a adoptar uma expressão diferente da que adoptara até ali. Realmente, manter um determinado comportamento ao longo de um dia inteiro era exaustivo, por mais que já estivesse habituada a tal. Quando já se encontrava lá dentro, dirigiu-se à cadeira que Kaine havia puxado para ela e sentou-se após agradecer.

Permaneceu depois quieta enquanto observava as restantes famílias e tentava não se deixar abater pelo cansaço, esperando que a respectiva comida fosse saboreada pelas empregadas que Kaine havia indicado.

Pietro escreveu:

– Scusami! – Disse secamente se levantando e indo em direção a porta.

Deu um pequeno sobressalto, assustando-se com a atitude repentina de Pietro. Fez menção de se levantar e segui-lo, mas se deteve. Conhecendo seu irmão, devia querer ficar sozinho. E assim como ele respeitara sua dor, iria respeitar a dele.

- Fique bem... - murmurou, preocupada.

Rosaleen escreveu:

- Ah, Luna se houver algo incomodando você, pode me falar, viu? Mesmo que você sorria, seus olhos continuam mostrando tristeza... Não quero ver ninguém triste, nem sofrendo! -disse, enquanto comia o último pedaço de Lasanha e terminava de tomar seu vinho. - Quando quiserem, posso levá-los de volta aos seus dormitórios, ou posso levá-los para onde quiserem.... É só me falar para onde desejam ir, que eu levo vocês lá! Ah, esqueci de avisar, Leen vai fazer uma festa para vocês e as outras famílias hoje!!!! Se quiserem ir, acho que vai começar às 8 hrs... Espero que estejam lá, porque vai ser muito legal e divertido!

- Ah... - olhou um pouco sem jeito para Rosaleen e logo desviou o olhar. Precisava de algo para recuperar o humor, ou não conseguiria agir friamente com os outros como deveria fazer, mesmo que a odiassem por isso.

Matteo escreveu:

- Terminou sua refeição, Luna? -olhou para ela e depois para as outras famílias. - Se já terminou, está livre para ir onde quiser ou fazer o que quiser. Só tome cuidado por ai e lembre-se de não voltar tão tarde para o seu quarto.

- Sim, meu irmão. - fez um rápido gesto com a cabeça, colocou a toalha que estava sobre seu colo de volta à mesa e então se levantou. - Senhorita Rosaleen, poderia me levar às cocheiras, por favor?

Observava sem comentar as confusões e distúrbios que pareciam aumentar com o tempo entre as outras famílias. Supôs que aquilo era resultado de muita tensão junta, pela função que estavam a cumprir naquele castelo. Possivelmente, não possuiam a habilidade de se manterem calmos e serenos na maior parte das situações, ao contrário de si.

Quando Mary finalmente se aproximou para provar a comida, olhou por momentos na sua direcção, esperando para ver se ocorria algo, ou se a comida estava de facto normal. Como via as outras famílias já a comer, era algo esperado que a comida se encontrasse em condições no entanto. As suas suposições confirmaram-se e olhou então para Kaine, esperando que lhe indicasse que já poderia comer.

Assentiu quando ele lhes permitiu que se servissem, e ia comendo e bebendo a um nível não demasiado apressado, e tentando manter a delicadeza e suavidez dos seus movimentos ali igualmente. Ia apreciando o paladar vagarosamente, ficando satisfeita com o sabor do prato. Não diria que era uma dádiva de Deus, mas estava bem confeccionado.

Continuou a refeição, até finalmente acabar de comer e então, ficou sentada na mesa até que lhe fosse permitido abandonar o salão. Considerando que as outras famílias não pareciam estar a ficar muito tempo lá, no entanto, supôs que estas diligências não seriam necessárias em breve.

Enquanto esperava e se limpava com o guardanapo, pensava no que poderia fazer essa tarde, embora a resposta mais óbvia para si, fosse obviamente uma sesta. Não sabia no entanto se Kaine iria precisar de si para explorar o castelo, discutir teorias ou até estudar o crime mais profundamente. Era mais simples esclarecer essa pergunta de uma vez.
Pousou então o utensílio que havia utilizado e falou para Kaine. - Foi feito o planeamento de alguma actividade em especial para esta tarde, ou podemos utilizá-la conforme entendermos, Kaine?