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 Shizuka no namida [+18]

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5 participantes
AutorMensagem
Cáh-chan
Bishop
Cáh-chan


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Shizuka no namida [+18] Empty
MensagemAssunto: Shizuka no namida [+18]   Shizuka no namida [+18] EmptySeg Jan 25, 2010 3:07 pm

A fic é sobre a história do Itoshiki Hikaru, líder do dormitório de esportes.
E já avisando, assim como no título, é contra indicado ( não é proibido, obviamente ) para menores de 18.
Haverão cenas de violência, estupro, incesto e yaoi. Apenas para deixar explicito aos que não gostam desse tipo de categoria.

O primeiro capítulo está horrível, desculpa. O primeiro capítulo é a parte feliz da história, isso é, sem drama, nem violência, e nem yaoi ainda. Anyway, ai vai o inicio da fic. Não me matem >_>

Shizuka no namida ~ Lágrimas do silencio

" Namida wa shizuka ni afureru... Saa... Namida no ame wa doko made iku ka? "
( As lágrimas caem silenciosamente... Então... Até onde a chuva de lágrimas vai? )


[ 1- Memory sound ]

O som de risadas preenchia a sala, misturando-se ao barulho da televisão e da chuva do lado de fora.

- Takuma-nii-chan, mou!!! Parem de rir, vocês dois! – Falou uma jovem de aparentemente dezenove anos, cruzando os braços emburrada, porém extremamente corada.

- Gomen, Masako. Você quando pequena era muito fofa. – Tentava cessar risadas, colocando a mão a frente da boca. Um homem alto e de olhos esverdeados falava apontando a televisão.

- Masako-nee-chan wa kawaii yo na?! – Um pequeno garoto de olhos cor de mel e cabelos de mesma cor de seu irmão mais velho olhava pra sua irmã com um sorriso meigo.

- Olha só, ele esta até falando “yo na” pra me zoar agora, nii-chan! Faça algo a respeito. – Tacou uma almofada na cabeça de seu irmão mais velho, balançando os braços freneticamente.

- Good job, Hika-chi. – Antes que pudesse continuar uma brincadeira, a almofadada na cara lhe fez cair pra trás por acidente.

- Uwah, demo nee-chan. Eu também quero ser fofo que nem você. – Hikaru olhou pra irmã com cara triste. – Não quero te zoar!

- Se você me copiar de novo, eu vou te chutar, okay? – Masako cruzou os braços, virando o rosto corado ao outro lado.

- Masako violenta. – Levantou-se passando a mão atrás da cabeça, e logo indo abraçar Hikaru enquanto pegava-o no colo. – Hikaru, você já é fofinho assim. E esse jeito só cai bem na Masako. – Suspirou.

- EI! O que você quer dizer com “só cai bem na Masako”?! – Uma veia brotou na cabeça da jovem.

- Wakarimashita, Onii-chan. – Hikaru sorriu inocentemente, voltando a olhar a televisão, com vídeos de quando seus irmãos eram pequenos, com um sorriso no rosto.

A pequena garota de cabelos negros e olhos arroxeados praticamente exibia-se como uma rainha. As pequenas garotas em sua festa de aniversário que vinham conversar com a jovem levavam desde patadas até doces espalhados na cara. A pequena pestinha ficava a festa toda emburrada ou correndo atrás de Takuma, que a pegava no colo sempre que a pequena pedia, tendo que soltá-la sempre que seus pais chegavam, pelo motivo de “atrapalhar a socialização da garota”. No vídeo, o garoto com doze anos estava sempre sorrindo e conversando, mesmo com a irmã pequena, de seis anos, nos braços. A tia que lhes filmava parecia centrar o vídeo apenas nas birras da pequena.

- Por que não vão ver um pouco de noticias e param de ver isso?! – Masako ficou emburrada, levantando-se e retirando aquele vídeo, colocando um outro. – Hikaru precisa aprender mais coisas que estão acontecendo nesse mundo. Ele está muito mimado por você, nii-chan!

- Masako-chan ao ataque. Se não quiser levar um chute, saia da frente! – Takuma murmurou no ouvido do irmão pequeno, brincando. – Vamos começar esse vídeo agora, depois vemos as notícias.

- Eu ouvi isso, idiota. – Masako deu um soco forte na cabeça do homem. – Hikaru, não ouça seu irmão! Ele não passa de um bobalhão mimador de crianças!

- Auch. Isso dói, Ma-chi! – Apertou mais o irmão aos seus braços, abraçando-o. – Pois eu vou mimar o Hikaru e com orgulho. Otou-san e Okaa-san me apóiam em mimá-lo. Quem não mimaria a fofura da casa?!

- Fofura... Da casa? – Uma veia brotou na cabeça da jovem. – Então que fique mimando ele! Arg! Quero ver como o “fofurinha” vai parar de ser o “idiota da sala” na escola. Do jeito que vocês três cuidam dele, ela ta mais parecendo uma mulher em atitudes! Nii-chan, você já não ouviu a diretora quando foi lá? Por causa desse tipo de atitude que ele não consegue se socializar. Ele esta ficando pra trás na sala em questão de maturidade. O que adianta ter boas notas com uma mente infantil e que nem sabe o que esta acontecendo fora daqui de casa? – Falou com raiva, em ar de bronca.

- Ela disse que ele praticamente só tem amizades com algumas garotas. Assim ele pode encontrar muitas pretendentes ao futuro. – Piscou com um dos olhos, confiantemente, soltando-se do irmão mais novo, deixando-o simplesmente sentado em seu colo.

Hikaru olhava pra baixo, com um olhar triste, logo levantando o olhar pra sua irmã mais velha.

- Nee-chan... Eu sou... Idiota? – Perguntou em voz baixa. – Como eu deixo de ser um idiota, nee-chan?

- Primeira coisa... Saia do colo do seu irmão. Homem sentado no colinho de homem vai pegar mal pra você. Você já tem nove anos, Hikaru! Parece que tem uns quatro ainda! – Falou emburrada. Apontou pra Takuma com ar de brava. – As causas de sua idiotice estão todas nesse demônio mimador de crianças! Eu tive sorte de não cair nesses mimos e me tornar a mulher que sou hoje. Se eu fosse idiota, era capaz dele até hoje estar me apertando na frente dos meus amigos!

- Eu? – Takuma se apontou, com ar de duvida.

- Wakarimashita, nee-chan. – Hikaru sorriu, levantando-se do colo do irmão rapidamente com um sorriso e olhos fechados. – Assim, nee-chan?!

- E-Ei! – Takuma ficou emburrado, logo se levantando e pulando sobre Masako, segurando-a em um abraço. – Ah, o que tem eu te abraçar?!

- Assim mesmo, Hikaru. – Balançou a cabeça positivamente, olhando Takuma se abraçar nela. Virou o rosto emburrada. – Veio me bajular agora que perdeu o Hikaru, é?! Sinto muito, eu não sou uma pirralha pra ficar servindo de ursinho de pelúcia.

- Ah, então era ciúmes. Fique tranqüila, Masako, eu também te abraço bastante de agora em diante. – Takuma apertou mais a irmã em um abraço.

- IIE! – Gritou, tentando empurrar o irmão. – Me solta, nii-chan. Não sou uma pirralha pra ser abraçada. – reclamou, falhando em afastar o irmão, desistindo da resistência e cruzando os braços emburrada, suspirando.

Hikaru olhou a cena pendulando a cabeça levemente, em ar de quem não entendia algo.

- Prontinho. Acalmei a fera. – Takuma deu um leve beijo na bochecha da irmã mais nova, soltando-a e indo até Hikaru, bagunçando-lhe os cabelos.

Hikaru sorriu calmamente, fechando os olhos.

- Quero ver como vocês explicariam pra ele no caso de alguém dentre nós quatro morrer. – Revirou os olhos, sentando-se no sofá.

- Morrer que nem a Rika? – Hikaru falou, lembrando-se de uma pequena cachorrinha que morrera quando ele tinha sete anos.

- Hi-Hikaru, eu já disse que ela tava simplesmente dormindo e depois fugiu. – Takuma voltou a uma antiga desculpa.

- Mas eu ouvi vocês conversando de noite naquele dia, e falaram que ela morreu. – Pendulou a cabeça. – E a professora explicou que isso era quando alguém deixa seu corpo dormindo pra sempre e vai buscar o Nirvana. Sensei disse que isso é algo doloroso para aqueles que continuam vivos, mas é bom aos que se vão, então devemos nos esforçar pra ficarmos felizes quando alguém próximo morrer, pois ele estará feliz também. Ah, e ela disse que jamais devemos tentar tirar nossas próprias vidas ou de outras pessoas, pois cada um tem seu tempo certo pra ir nessa busca. – Falou inocentemente, sorrindo.

- Kawaii. – Apertou Hikaru, praticamente esmagando o pequeno no abraço. – Mas se você não chorar quando eu morrer, vou voltar só pra te bater. – Choramingou.

- Nii-chan, você é um idiota de marca maior. – Deu um tapa na própria testa, observando a cena. – Você acha bonitinho ter um irmão idiota feito esse, então é idiota igualmente. Tenho pena da sua noiva, nii-chan. – Deitou-se no sofá com tédio enquanto os irmãos passavam a ver a televisão com um sorriso.

A campainha, uma noticia. A notícia que destruiria toda a felicidade daquela família tocava ao som de doces risadas de mais um vídeo familiar, o som de meras recordações, falsas imagens representando um passado, um tempo ao qual não se consegue retornar.
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MensagemAssunto: Re: Shizuka no namida [+18]   Shizuka no namida [+18] EmptySeg Jan 25, 2010 3:26 pm

INCESTO E YAOI, WOOOO.
Quero maaaais. E o Takuma é tão cool. XDDD
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MensagemAssunto: Re: Shizuka no namida [+18]   Shizuka no namida [+18] EmptyTer Jan 26, 2010 8:09 am

Tá PERFO, Imouto-chan u.u/
E muito bem escrita =D
Fui a primeira a ler <333 *apanha*
E é bom continuar e_ev
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Nathy
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MensagemAssunto: Re: Shizuka no namida [+18]   Shizuka no namida [+18] EmptyTer Jan 26, 2010 8:16 am

Ja disse no MSN que sua fic está foda u__u
quero mais dela, ESCREVA! Ò_o
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Ichigo
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MensagemAssunto: Re: Shizuka no namida [+18]   Shizuka no namida [+18] EmptyTer Jan 26, 2010 9:21 am

Que perfo imouto *O*

Takuma apavora =D

Quero poder conversar de novo com vocês no chat Ç______Ç Mais fazer oque me contenho assim =D Continue a escrever o/
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Cáh-chan
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MensagemAssunto: Re: Shizuka no namida [+18]   Shizuka no namida [+18] EmptyTer Jan 26, 2010 10:40 am

* medinho da Nathy e da Onee-sama em SD*

>_> que bom que gostaram ^^" *mesmo tanto uma merda*

=D podem deixar que logo eu continuo e estrago o gosto de vocês pelo Takuma e pela fic em geral mais ainda
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Cáh-chan
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MensagemAssunto: Re: Shizuka no namida [+18]   Shizuka no namida [+18] EmptySex Ago 06, 2010 3:55 pm

Sorry dar Double post, mas aqui vai o segundo capítulo da fic. T_T" Gomen, eu sei que está horrível. Eu realmente preciso aprender a escrever y_y" e anyway, eu acabei revelando o lado fdp da Masako antes do que eu esperava, mas era necessário, ou ficaria sem sentido as ações dela u_u~
Perdão pelo capítulo ultra-emo e tosco! ;_;/ Deixei centralizado por que assim fica mais bonitinho. o/ -q
Ah, e esse capítulo já possui 18+, só pra deixar avisado. >_

[ 2 – Silent Scream ]

- Nii-chan? – A garota olhou para o rosto do irmão mais velho, que parecia em choque mesmo ao final da notícia. Os dois irmãos mais velhos da família encontravam-se na porta.

Noticia esta sobre a morte, não só de seus pais, como também de sua noiva, que voltava de viagem de Osaka com o carro, ao que parecia, havia pego carona com eles.

- Onii-chan? – Hikaru chamou também, abaixando levemente a cabeça. Havia ouvido a notícia sem o conhecimento dos maiores, escondido atrás de seu irmão. – Eles não... Vão mais voltar, não é? – Puxou delicadamente a blusa do irmão mais velho, que só então reagiu, dando-lhe um olhar vazio como resposta. – Onii... chan?!

- Masako, Hikaru, vão para o quarto, agora. Já passou da hora de vocês dois irem dormir...

- Mas!!!... – Masako protestou, parecendo a menos abalada com a notícia. – Nii-chan no baka, eu também queria ir reconhecer os corpos e ter certeza de que estão mortos. – Fechou os olhos em um tom cheio de indiferença a tudo aquilo, virando o próprio corpo e puxando o irmão mais novo pelo braço até o quarto.

- O-Onii-chan... Oyasumi... – Falou enquanto era praticamente arrastado pela irmã mais velha, que o puxava com violência desnecessária. – Oyasumenasai, nee-chan... – Murmurou ao ser deixado dentro do próprio quarto sem nenhuma gentileza. Não gostava de ir dormir sozinho, ainda mais no escuro em que no momento dominava o lugar. Seria egoísta de sua parte pedir para dormir com seu irmão, quando ele parecia tão triste e parecendo precisar de um momento sozinho, então foi até a própria cama se escondendo embaixo dos cobertores, cobrindo-se até pouco abaixo dos próprios olhos, encarando o teto em silêncio até que conseguisse finalmente cair no sono.

A manhã seguinte dava inicio ao luto. Tudo já havia sido preparado para o funeral, onde pela última vez os três corpos poderiam ser vistos. Takuma havia organizado tudo sozinho, sofrendo ainda mais ao ver o rosto de sua amada e seus progenitores. A família reunida, todos os que agora davam pêsames aos três irmãos. Os defuntos eram Akihiko, Hanako e Hinamori Rikko; respectivamente, um empresário de certo sucesso, uma gourmet dona de uma bela loja de doces, e a noiva do primogênito Itoshiki, uma belíssima modelo que iniciava-se muito bem na carreira de cantora.

Hikaru não havia saído do lado do irmão em momento algum, enquanto Masako ficava sentada em um banco, de olhos fechados e expressão serena, suas roupas de luto não encaixavam-se a seu rosto, que não demonstrava alteração alguma.

- Hikaru, venha comigo. Eu cuidarei de você. – Masako deixou sair em voz baixa, estendendo as mãos como se falasse para que viesse abraçá-la. Fingia bem. Enganava aos outros ao redor que desejava apenas manter sua postura diante aos outros, e queria o melhor para sua família.

De fato, Masako sabia ser uma boa atriz quando era necessário. Sua bela face e seu corpo feminino, suas ações usualmente irritadinhas faziam-na parecer alguém que não faria algo por interesse. Seria a única mulher na família no momento, enquanto seu irmão mais velho deveria cuidar das heranças. Sendo ainda menores de idade, os outros dois não nem sequer tocar o dinheiro naquela altura. Mas... A morena em um ano poderia ter a herança que lhe era dada por direito, e seria de obrigação dos dois decidir quem cuidaria do caçula, e obviamente, administraria sua parte. Era uma boa vantagem a ser tomada se legalmente, parecesse a mais apta.
O pequeno negou com a cabeça, querendo ficar ao lado do irmão mais velho, que delicadamente tocava a mão gelada daquela que em deveria tornar-se sua esposa. De fato, ele sempre era irritante e brincalhão, sendo um tanto criança com ela, porém ainda sim... Ela sempre estava sorrindo e delicadamente o acompanhava com mais gentileza naquelas piadinhas bobas. Ele a amava. Amava-a como a única mulher de sua vida, e a única que tinha direito de tomar todo seu coração quando bem quisesse.

- Rikko... – Takuma chamou-lhe mais uma vez o nome, sentindo então algo abraçar suas pernas. Hikaru segurava-se no maior com toda a força de seu corpo pequeno. – Hikaru... Estou bem, então vá com a Ma-chi. – Forçou um sorriso, olhando-o.

- Onii-chan está mentindo. Não está bem. Onii-chan está chorando! – Falou, sem olhá-lo. O mais velho arregalou um pouco os olhos, levando a mão livre aos próprios olhos, tendo a certeza de que no momento não derrubava nenhuma lágrima, estranhando o que o outro falava.

– Não estou, Hika-chan. Meus olhos estão secos, veja... !

- Uso nano! – Seus olhos se encheram de lágrimas. – Onii-chan fica chorando por dentro, e tenta ser forte! Onii-chan não engana Hikaru! – Falou em voz baixa com o irmão mais velho, que olhou para os outros ali presentes, que observavam a cena e trocavam pequenos cochichos.

- Hikaru... Eu já estou melhor, estou pedindo que agora vá com sua irmã, está bem? – Abaixou-se, fazendo o menor soltá-lo. Acariciou os cabelos do pequeno, bagunçando-os e sorrindo mais serenamente ao vê-lo concordar com a cabeça, deixando-o então ir abraçar a irmã, que não parecia nada contente em ser anteriormente recusada, e deixava os braços cruzados e os olhos fechados. O cheio de incenso continuava a infestar o local.

Apenas após o enterro os três irmãos da família Itoshiki deixaram de ficar perto de seus entes queridos. Ainda sim, algo parecia estranho com Takuma, que mal chegara em casa, fora para a cozinha, sentando-se em frente a mesa baixa, tudo ao estilo oriental. Sua expressão ficara realmente pior longe dos olhares atentos da família de sua falecida noiva e dos outros familiares.

- Masako... – Chamou-a, e ao vê-la na porta da cozinha completou. – Pode pegar pra mim as cervejas do otou-sama? – Pediu, fechando os olhos e apoiando o cotovelo na mesa para encostar a testa na mão da mesma. Logo sua irmã trouxe uma caixa cheia de garrafas da bebida.

- Apenas veja o que faz, não quero ter que limpar coisas quebradas, nem cuidar de um bêbado. Te ver bebendo é algo realmente estranho. – Deu os ombros, indo pegar alguns doces e um refrigerante, para sentar-se a mesa junto do mais velho e comer, enquanto ele abria uma das garrafas

Hikaru ficara na sala, sentado no sofá e assistindo desenhos enquanto tentava se animar, apesar de parecer não estar realmente melhorando com aquilo. Não estava tão triste assim pela morte de seus pais, apesar de magoá-lo o fato de não poder vê-los novamente, mas sim por seu irmão que parecia o mais abalado com o acontecimento. Sabia que seus pais deveriam estar melhores no momento, ou ao menos rezava para isso.

Após algum tempo ali, um barulho de algo se quebrando o fez se assustar, levantando-se do sofá e indo até a cozinha. Próximo a algumas garrafas de cerveja, dentre elas uma quebrada, seu irmão mais velho prendia Masako contra o chão, alisando-a com uma das mãos.

- Nii-chan idiota! Solte-me agora mesmo! – Ordenou a garota, parecendo irritada, porém não obtendo sucesso. – N-Não me toque assim, nojento!

- Onii-chan!!! – Hikaru aproximou-se correndo, tentando segurá-lo pela manga da mão que se movia de maneira incessante. Não entendia bem o que acontecia ali, mas sabia que sua irmã realmente não estava gostando. – Ya-yamette kudasai, nee-chan não está gostando que faça isso!

O olhar de seu irmão realmente não era o mesmo. O olhar que ergueu-se de soslaio para o garoto pequeno era cruel, embriagado. O peso de uma mão forte empurrou o pequeno, jogando-o sobre as garrafas. Raspara as costas em um caco, e cortara a mão esquerda em outro enquanto tentava apoiar-se para ao menos sentar.

- I-itte... – Os olhos do menor se encheram de lágrimas, tentando se levantar aos poucos, acabando por desistir e ficar apenas sentdo de maneira desleixada no chão, segurando a ferida na própria mão. – Itai yo... Tem cacos de vidro no chão! Nee, o que está acontecendo? O-Onii-chan?

- Uruse... – Takuma segurou melhor Masako, que continuava a debater-se, sem dar a mínima atenção ao fato do menor se machucando. – Não interfira, pirralho chato.

- Eu já mandei me soltar! Hikaru, por favor, me ajude! – A voz feminina saia baixinha, pedinte ao irmão menor.

- Onii-chan, onegai, yamette yo! – Arrastou-se um pouco para chegar até os dois, abraçando o maior por trás, mesmo que tomasse cuidado para não sujá-lo de sangue. Enquanto sua mão doía muito, o corte de suas costas ardia, mesmo sem ser profundo. Não queria ver a irmã chateada com seu irmão, e nem parecendo descontente daquela maneira. Teia que Takuma fosse machucá-la também.

- Eu já disse para – O maior puxou-lhe insensivelmente o braço, jogando-o ao lado da jovem, para que pudesse ter controle sobre ambos, e fazer com que o mais novo parasse de interferir.

Os olhos do maior então miraram as lágrimas e a expressão de dor que destacavam o garoto de Masako. Sua irmã era áspera, e se estava se protegendo no momento, era por orgulho, e interesses. Ela não havia um olhar puro, e sim os olhos de uma víbora que não ligaria para os outros. Ele era apenas uma criança, e mesmo em sua idade, continuava inocente. Sorriu de lado. Estava tão bêbado que mal media os próprios atos.

- Então está bem... Vai salvar sua “nee-chan”, como quer. – Segurou a camisa do menor, puxando-o enquanto saia de cima da garota. Empurrou-lhe as costas contra baixa mesa, prensando-o deitado ali, obtendo um gemido de dor do menor, que apertou os olhos, encolhendo-se. A garota levantou-se rapidamente, recuando os passos até encostar na parede, olhando a cena.

- Hikaru... – A irmã pareceu engolir a seco – E-Eu... Não posso fazer nada...

- Nee-chan... – Abriu os olhos mareados na direção da onde vinha a voz da maior. Seu corpo tremia um pouco. A ardência em suas costas aumentava pelo contato com a mesa, e sua mão continuava sangrando aos poucos. O líquido vermelho pingava na mesa, sujando-a.

- Aguente isso por mim, certo? Afinal, uma mulher não pode ser manchada desta forma. Você vai superar logo, e Takuma nem sequer vai se lembrar disso. Tudo vai dar certo... – Sorriu, retirando-se para seu quarto e trancando-se lá, fugindo. Fugindo da responsabilidade que deveria ter, e da proteção que deveria proporcionar ao pequeno. Não seria difícil derrubar um homem bêbado pelas costas, mas este fato não importava a morena. Sua verdadeira face era a que nem se importava. Mentiria se fosse preciso. “Eu te amo, Hikaru” seria algo fácil para convencê-lo a sentir-se honrado por protegê-la, mesmo que fosse uma grande mentira.


Takuma soltava algumas risadinhas. Havia simplesmente perdido a cabeça para o álcool. Enquanto o menor chorava, abriu-lhe a blusa preta em um puxão, rasgando-a. Em poucos movimentos bruscos do maior o corpo do garoto já estava à mostra para si. O pequeno e frágil tórax ficava a mostra, e sua calça abaixada deixavam tudo o que Takuma se preocupava no momento, aparentes.

Com força, o maior virou o corpo de Hikaru de costas para si, puxando-o um pouco para que ficasse apenas com a parte de cima do corpo apoiada a mesa. O maior desabotoou a própria calça de qualquer maneira, enquanto um sorriso sádico revelava-se.

O menos tremia, enquanto soluçava silenciosamente pelo choro. Estava assustado. Não sabia o que Takuma estava fazendo, mas sabia que ele estava sendo realmente violento, e isso não levaria a algo gentil, e disso podia ter certeza. Direcionou seus olhos para o irmão, enquanto sua mão ferida ficava razoavelmente fechada, apoiada na mesa assim como a outra. O que pode ver era um sorriso maligno, duas mãos que começaram a segurar-lhe a cintura, duas pernas que aos poucos intrometiam-se entre as suas, espaçando-as, e um membro rijo exposto, que o irmão parecia posicionar perto de si, cada vez mais, roçando sua entrada.

- O...nii-chan? O que... Está fazendo? – Perguntou, vendo o sorriso de seu irmão alargar-se. Um sorriso que era pervertido e ao mesmo tempo cruel. O medo tomou conta do garotinho, que arregalou os olhos imediatamente.

- Ainda não sabe? – Inclinou o corpo sobre o do menor, mordendo-lhe a orelha com certa força.

Um grito de dor pode ser ouvido, vindo da boca do pequeno. Sem a mínima preparação, o corpo havia sido penetrado. Uma dor agonizante fazia com que Hikaru tentasse se debater. O maior possuía uma expressão realmente desconfortável pelo momento. Havia sido difícil mesmo para si adentrá-lo daquela forma.

- Ittai yo... Onii-chan... – As lágrimas começaram a cair com mais freqüência. Queria estar longe dali. Queria conseguir fugir naquele exato momento, mas o maior ainda sim não o soltava. Soluçava mais, por mais que tentasse segurar o choro, engoli-lo.

- Uruse. – Ordenou. – Quem mandou ser tão apertado e pequeno? –Mordeu-lhe o pescoço com força, subindo com uma das mãos e agarrando-lhe os cabelos com força. – Não queria salvar sua “nee-chan”? – Perguntou baixinho, voltando a fincar os dentes na pele clara e macia do menos, desta vez em um de seus ombros. Aos poucos o maior começava a mover-se, inicialmente devagar, para ver se aos poucos o desconforto inicial saia dali, não se importando com a dor causada no irmão ao acelerar os movimentos de forma violenta, animalesca.

Minutos passaram como se fossem horas antes que o sofrimento do pequeno finalmente “acabasse”, sentindo-se preencher por um líquido que lhe era completamente estranho. Porém a dor permanecia. O maior levantou-se, abotoando de mau jeito as calças e cambaleando de volta ao próprio quarto, como se houvesse simplesmente se esquecido do menor ali jogado sobre a mesa, que continuava com lágrimas escorrendo, apesar do silêncio que tomava o lugar. Sua voz havia praticamente se perdido entre os gemidos de dor e os soluços.

Entre as pernas bambas do garoto, o líquido começava a escorrer, em uma mistura impura do prazer que causara a seu irmão e o sangue dos ferimentos que haviam sido causados por dentro do pequeno. Usando as mãos como apoio, recuou o próprio corpo para o chão, segurando o tecido da própria blusa com ambas as mãos. Sentia-se rasgado assim como sua blusa. Seu amado irmão havia criado lhe dado feridas, tanto internas quanto externas, mas ainda sim, não considerava culpa dele.

Podia não entender o motivo, mas seu irmão, em condições normais, jamais teria feito aquilo. A mão ferida já não era mais seu alvo de preocupação ou dor principal. Não conseguia se levantar. A dor parecia mais aguda a cada vez que tentava fazê-lo. Arrumou as próprias roupas em si, esticando as mãos para pegar os cacos de vidros, juntando-os. Masako havia dito que o irmão iria se esquecer daquilo, então não poderia deixá-lo suspeitar do ocorrido. Não queria uma memória como aquela na mente do maior.

Esforçava-se pra arrumar sozinho toda a cozinha arrastando-se ou mesmo engatinhando, mesmo sentindo-se prestes a desmaiar e com muita dor. O pano usado para limpar o sangue sobre a mesa e no chão foi jogado fora, enquanto outro servia para impedir que sua mão continuasse a sangrar e sujar o chão. Com grande dificuldade conseguiu levantar-se enfim, com apoio das paredes para chegar a seu quarto, do qual fechou a porta assim que se viu ali dentro. Precisava de um banho, porém suas forças acabaram-se antes que pudesse atingir sua meta, acabando por cair, desmaiando no chão do quarto.

Uma notícia trágica que havia dado inicio a um ciclo vicioso, ou mesmo um vício que levara a um ciclo de sofrimento. Uma roda do destino que giraria repetindo freneticamente os mesmos erros, mas aonde iria ela parar em meio aos gritos silenciosos de um inocente?
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MensagemAssunto: Re: Shizuka no namida [+18]   Shizuka no namida [+18] EmptySáb Ago 07, 2010 3:59 pm

I is shocked desu.
I ish going to kill him. =______= *faca*
Continua Cah! ;_;
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